Um cesto da roupa e eu não devo ser uma pessoa normal

Comprei este cesto para transportar a roupa molhada da máquina, quando vim para aqui morar. Ora o cesto já fez 9 anos e pois com certeza tem o direito de se estragar. Eu que não devo ser uma pessoa normal ainda fica a olhar para o cesto e a achar que não consegue deitá-lo ao lixo. O cesto foi uma das primeiras coisas que comprei cá para casa. O cesto não vinha no enxoval que a mãe arranjou por isso no dia em que fui comprar detergentes para tornar a casa habitável também conprei este cesto e mais umas quantas coisas. Lembro-me da sensação de ir às compras naquele dia. Nunca tinha ido aquele supermercado e durante algum tempo era sempre lá que ia. Com o passar dos anos abriram outros mais perto...
Este cesto:
- acolheu os panos sujos da limpeza de obra cá de casa;
- acolheu as primeiras roupas nossas que eu coloquei para lavar;
- acolheu roupa debotada que eu lavei num programa inapropriado;
- acolheu os nossos lençóis;
- acolheu as primeiras roupinhas da Mar e da Sal e todas elas até hoje;
- acolheu as mantas do sofá;
- acolheu bodies anteriormente sujos de chichi e cocó;
- acolheu roupa vomitada que passava a cheirar a bebé novamente;
- acolheu um pedaço da nossa vida;
O cesto fez parte da nossa casa.
Pois bem...está na altura de ires para o ecoponto amarelo e eu olho para ti com apego, tiro-te uma foto e escrevo um post sobre ti...
Ai ai...